Porto de Suape improvisa cais enquanto aguarda licitação
A concentração de licitações em Brasília atrasou os projetos do novo terminal graneleiro
Por conta da reforma do setor portuário, iniciada em 2012, o Porto de Suape terá de recorrer ao improviso para exportar coques da refinaria de Abreu e Lima. O motivo é que os portos públicos, impedidos de realizar suas próprias licitações, têm que esperar estes processos serem feitos em Brasília. Outro plano adiado é o de ser o principal porto das regiões Nordeste e Norte no recebimento dos meganavios de contêineres provenientes da Ásia. Isto aconteceria após a expansão do canal do Panamá, prevista para 2015.
O porto estava adiantado nos projetos do lançamento do edital para licitar o terminal de granéis sólidos entre 2012 e 2013. O objetivo era de escoar 2 milhões de toneladas de coque de petróleo por ano junto à refinaria. Mas durante este processo foi sancionada a nova reforma portuária, em 2013, que previa que os planejamentos e licitações seriam feitos em Brasília e não mais nas estatais portuárias. O governo refez os estudos nos quais as licitações foram baseadas e atrasou o processo. Dessa forma, Suape ainda espera os resultados.
A saída foi usar um píer para movimentar a carga e a Petrobrás investir cerca de R$30 milhões para não correr riscos de acidentes ambientais. “Nós já tínhamos traçado nosso plano B caso as coisas não andassem conforme planejamos. Conseguimos nos organizar de uma forma a não ter gargalo” afirmou o diretor do porto, Leonardo Cerquinho.
A área técnica da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) já havia aprovado o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental do terminal de contêineres na metade de 2012, mas no mesmo ano a publicação do MP travou esse e outros processos. A administração do porto está incluindo um cais no único terminal de contêineres até o futuro arrendamento se concretizar.
Fonte: Guia Marítimo