A agenda ambiental da Agência Nacional de Transportes Aquaviários em 2023 vai tratar da preparação dos portos para transição energética, que inclui desde uma avaliação de como o setor está organizado para a recepção de embarcações com combustíveis menos poluentes até o atendimento à indústria para a implantação de parques eólicos offshore, essencial para o desenvolvimento do hidrogênio verde. A Antaq também trabalha em um inventário de emissões de carbono do setor portuário e da navegação, que será semelhante ao atual estatístico da agência.

Nesta quarta-feira (21), a Antaq assinou um novo memorando de entendimento com a agência de fomento alemã GIZ para fomentar a cooperação entre agências em áreas de interesse mútuo relacionadas à produção de hidrogênio verde, medidas sustentáveis nos portos, adaptação às mudanças climáticas, descarbonização e novas fontes energéticas.

As duas agências concluíram estudos sobre riscos e mudanças climáticas no setor portuário, que resultaram em um guia com orientações para as autoridades portuárias. “Uma das constatações foi que nossos portos públicos ainda não estavam se planejando como deveriam para as mudanças climáticas sabendo que se avizinham, diferentemente dos terminais de uso privado que já tinham iniciativas mais avançadas”, mencionou o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery.

Nery disse que existem outras potenciais parcerias que podem ser firmadas para outros trabalhos, como a avaliação de como os portos se planejam para melhoria da relação porto-cidade. Segundo o diretor-geral, a Antaq atuará como catalisador, num primeiro momento, chamando a atenção das autoridades portuárias, que colaboraram e foram parceiras no trabalho encerrado, após três anos, com a divulgação do guia sobre as ameaças climáticas.

Ao final da reunião extraordinária da diretoria colegiada, representantes da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) assinaram protocolo de intenções com a Antaq que visa promover intercâmbio de informações e ações anuais conjuntas para desenvolvimento de projetos e boas práticas entre empresas e entidades, área acadêmica e órgãos públicos do setor portuário do Brasil. O termo foi motivado após a realização do XXX Cooperaportos, promovido pela Antaq, que ocorreu na semana passada, em Itaguaí (RJ).

Fonte: Revista Portos e Navios