Presidente da Braskem reforça necessidade de defesa da indústria local
A direção da Braskem voltou a defender a necessidade de o governo federal estabelecer uma agenda de defesa estímulo à indústria brasileira, em paralelo às propostas de ajuste fiscal que têm sido apresentadas. “A indústria exige atenção. Vamos passar por um ano de ajuste fiscal e a Braskem, assim como o setor industrial, defende que não é necessário somente uma agenda”, afirmou o presidente da petroquímica, Carlos Fadigas, em encontro com analistas e investidores em São Paulo.
“Esse é um momento um pouco excepcional, por conta do volume de desafios que a economia brasileira enfrenta nesse início de ano”, disse, referindo-se também aos riscos de racionamento de energia e à escassez de água.
Especificamente sobre a indústria química, o executivo lembrou que, no ano passado, foram alcançadas duas marcas históricas negativas: a menor taxa de operação da história, de 79%, e a participação recorde de importados no mercado doméstico, acima de 36%. “Tem de haver agenda de defesa e de estímulo à indústria brasileira.”
Já no cenário internacional, o executivo apontou que, esse é um ano de momentos diferentes para economias distintas. “O Brasil passa por um momento muito mais delicado que outras economias”, afirmou. Nos Estados Unidos, a expectativa é a de recuperação da economia, com expansão projetada de 3,6% no PIB neste ano e, na China, a percepção é a que o ritmo de crescimento econômico tem sido bem administrado.
“A China tem conseguido administrar o crescimento econômico. Eles mudaram o modelo e, mesmo assim, um crescimento de 6,8% é uma maravilha de número perto do Brasil”, afirmou Fadigas. Em relação à zona do euro, a expectativa, nesse momento, é a de desempenho neutro.
Fonte: Valor Econômico/Stella Fontes