Preso pela PF, ex-diretor da Petrobras é transferido para Curitiba

Preso pela PF, ex-diretor da Petrobras é transferido para Curitiba

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa foi transferido na manhã desta quinta-feira do Rio para Curitiba. Acompanhado de agentes da Polícia Federal do Rio, ele embarcou num voo no aeroporto Santos Dumont, no centro da capital fluminense.

O juiz responsável pela Operação Lava Jato decretou ontem, quarta-feira, a prisão do ex-diretor sob a justificativa de que ele controla US$ 23 milhões (R$ 51,3 milhões) em contas secretas na Suíça e que poderia fugir. Costa, investigado na Operação Lava Jato, já havia sido preso em março pela PF, sob acusação de tentar ocultar provas.

Os valores atribuídos ao executivo, suas duas filhas e seus genros foram bloqueados pelas autoridades daquele país por causa da suspeita de que se trata de dinheiro de corrupção, de acordo com comunicado do Ministério Público suíço enviado para procuradores brasileiros.

O dinheiro está distribuído em 12 contas, abertas em cinco bancos em nome de empresas com sede em paraíso fiscal, segundo informações do Ministério Público suíço.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, realizada em 30 de maio, Paulo Roberto Costa negou que tivesse contas no exterior. Os suíços bloquearam também US$ 5 milhões (R$ 11,2 milhões) de uma conta atribuída ao doleiro Alberto Youssef, mas que estava em nome de um “laranja” dele. O doleiro é acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

O advogado Nelio Machado, que defende Paulo Roberto Costa, disse que a prisão do ex-diretor da Petrobras “é absolutamente ilegal e totalmente desnecessária”, já que seu cliente vai responder a todas as demandas da Justiça e jamais cogitou fugir. Ele afirmou que vai recorrer contra a decisão do juiz Sergio Moro, mas ainda estuda o instrumento legal que usará.

Fonte: Valor / Folhapress
Foto: divulgação / Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa