Refinaria de Pasadena deve receber mais US$ 300 milhões da Petrobras
Plano de negócios prevê recursos para adequar projeto a normas dos EUA
Depois de desembolsar cerca de US$ 1,2 bilhão na compra da refinaria de Pasadena, no Texas, a Petrobras previu gastar mais US$ 300 milhões no empreendimento, entre 2013 e 2017. O objetivo era adequar a refinaria a normas regulatórias dos Estados Unidos, entre outras necessidades básicas para que as instalações continuem refinando petróleo. A compra está sendo investigada pela Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU).
Documento da estatal, ao qual o GLOBO teve acesso, detalha o Plano de Negócios e Gestão da estatal para o período, onde aparecem os investimentos previstos em Pasadena. O plano foi elaborado já na gestão da atual presidente Maria das Graças Foster e com o ministro Guido Mantega na presidência do Conselho de Administração da Petrobras. A previsão de investimentos na refinaria foi mantida na revisão do Plano de Negócios deste ano, com duração até 2018.
Exigências de segurança
Os investimentos programados são em “manutenção para a continuidade operacional da refinaria, aumento de confiabilidade e paradas programadas das unidades”. Parte dos US$ 300 milhões programados se destina a “projetos que visam atender a exigências regulatórias de segurança, meio ambiente e saúde”.
A Petrobras informa no documento que a refinaria foi adquirida em condições normais de funcionamento, “dentro de sua capacidade nominal de operação”.
resposta ao GLOBO, por meio de sua assessoria de comunicação, a Petrobras informou que não divulga o detalhamento dos projetos no seu Plano de Negócios e Gestão.
“O plano 2014-2018 contempla projetos voltados ao aumento de confiabilidade, segurança operacional, meio ambiente, além das paradas programadas de várias refinarias da Petrobras. A refinaria de Pasadena, que opera em condições normais, é uma delas”, cita a nota, sem responder quanto foi efetivamente gasto em 2013 e 2014.
Em entrevista ao GLOBO no fim de março, Graça Foster afirmou que a refinaria está produzindo a plena capacidade, de 100 mil barris/dia, e que ela não está à venda.
Na ocasião da compra da refinaria, relatórios do Citigroup e da consultoria BDO fazem referência à escassez de informações para embasar a decisão de compra da refinaria.
Fonte: O Globo