Rio Madeira: mais de duas mil famílias estão desabrigadas em Porto Velho

Rio Madeira: mais de duas mil famílias estão desabrigadas em Porto Velho

Distrito São Carlos está praticamente submerso pela água do Rio Madeira
O prefeito Mauro Nazif decretou estado de calamidade pública em Porto Velho (RO), nesta quinta-feira (27), em razão da cheia história do Rio Madeira. Pelo menos 2,3 mil famílias, o que representa cerca de 10 mil pessoas, fora de suas casas, na capital e em 14 distritos atingidos pelas águas, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, coronel José Pimentel.

Na região do Baixo e Médio Madeira, o distrito São Carlos está praticamente submerso pela água do Rio Madeira, segundo a Defesa Civil, e todas as famílias foram retiradas de lá e levadas para abrigos em Nazaré e outros foram trazidos para Porto Velho.

A água inundou plantações e criadouros de Porto Velho e dos distritos São Carlos, Calama e Nazaré. A estimativa é de que os prejuízos cheguem a R$ 55 milhões.

Nos distritos do Eixo da BR-364 – Fortaleza do Abunã, Jacy-Paraná e Abunã – 30 famílias estão desabrigadas e 126 desalojadas. Já em Nova Mamoré, 15 estão desabrigadas e 41 famílias desalojadas, mas a Defesa Civil ressalta que todos os moradores são indiretamente atingidos, porque o município está isolado. O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, esteve em Porto Velho duas vezes e reconheceu que a situação encontrada “é o maior desastre natural da Amazônia”.

A cheia do Madeira está ainda impedindo que caminhões do tipo cegonha cheguem até o Acre, por causa de uma lâmina d’água que cobre a BR-364. Por conta disso, os veículos estão sendo deixados em depósitos em Porto Velho, fazendo com que as transportadoras tenham prejuízos, pois precisam alugar um espaço e depois deverão custear a viagem até a cidade acreana, explica Luís Augusto de Oliveira, dono de depósito.

Fonte: G1