Rumo prevê crescimento de volumes agrícolas em 2017

Rumo prevê crescimento de volumes agrícolas em 2017

Rumo prevê crescimento de volumes agrícolas em 2017Após um 2016 que frustrou a expectativa de crescimento de volumes, a Rumo Logística espera um 2017 melhor, que permita a manutenção das suas projeções de longo prazo. Em reunião com analistas e investidores do mercado realizada ontem, a empresa classifica este ano como um ponto fora da curva.

A principal decepção veio por conta do efeito negativo da seca sobre produção do milho, que apresentou uma queda de 43% no volume destinado a exportações de 2015 para 2016, conforme números apresentados pela própria empresa. Ainda assim, os estudos que dão base às perspectivas da Rumo apontam para um crescimento da
ordem de 31% da produção desse grão no ano que vem, e da mesma ordem no Mato Grosso, região importante para a companhia, onde fica o terminal de Rondonópolis, que faz o escoamento da produção até o Porto de Santos.

Apesar do ano complicado, o comando da empresa optou por manter os planos de investimentos em modernização dasvias permanentes e troca de locomotivas para obter redução de custos como consumo de combustíveis. Nos últimos dois anos, foram 688 quilômetros de via recapacitada.

As projeções para 2017 estão sob elaboração e a empresa informou que devem ser publicar no início do ano, após a divulgação dos resultados consolidados deste ano. Na frente financeira, a empresa comemora a renegociação de R$ 2,9 bilhões em dívida de curto prazo, substituídos por compromissos de prazo superior a três anos. Além de um volume agrícola melhor, a perspectiva da Rumo para o próximo ano inclui o andamento do processo de renovação da Malha Paulista que, conforme a empresa, caminha dentro do esperado e acordado com a agência. Uma das preocupações de analistas diz respeito à outorga a ser paga pela renovação, uma vez que o prazo estendido seria mais que suficiente para amortizar os investimentos a serem feitos.

A empresa, porém, afirma que o valor atualmente considerado, na cada dos R$ 1 bilhão, deverá ser revisado uma vez que não leva em conta os investimentos realizados ao longo deste ano. A companhia não deu uma estimativa de para quanto esse pagamento pode cair.

Outra preocupação do mercado diz respeito ao enquadramento de outras concessões, como a da Malha Sul, nas condições previstas na MP das Concessões para ter direito a prorrogação do contrato. A Rumo diz esperar que essas condições sejam alteradas. Caso isso não aconteça, ela vai esperar para conseguir atingir os requisitos, e então dará continuidade ao processo.

Fonte: Valor Econômico