SBM Offshore confirma pagamento de comissões no Brasil
A SBM Offshore confirmou ontem na Holanda que pagou US$ 139,1 milhões em comissões no Brasil entre 2007 e 2011 para os agentes de seus negócios no país, mas alegou não ter “evidências críveis” de que se tratem de propina a funcionários da Petrobras. O representante da empresa no Brasil era o empresário Julio Faerman, do Grupo Faerman.
O anúncio do fim da investigação da SBM na Europa fez a ação do grupo holandês fechar em alta de 4,2% ontem – a maior valorização do dia na bolsa de Amsterdã. O alívio dos investidores reflete a importância do Brasil para os negócios da empresa, que é a maior fabricante de plataformas flutuantes e sistemas de amarração de embarcações ao fundo do mar.
Fontes do Tribunal de Contas da União disseram ao Valor que aguardam a manifestação do Ministério Público holandês e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre o assunto. No Congresso, PMDB e PT mantiveram estratégia conjunta para evitar a instalação de CPI que investigará a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. A oposição anunciou recurso ao Supremo Tribunal Federal.
Fonte: Valor Econômico/Assis Moreira, Claudia Schuffner, Raquel Ulhôa e Raphael di Cunto | De Genebra e do Rio